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ANIMÁLCULOS

Foi com o auxílio de um microscópio extremamente simples que uma das descobertas mais importantes na história da biologia ocorreu. Em 1665 o inglês Robert Hooke relatou ao mundo que as menores unidades vivas eram "pequenas caixas", ou células, como ele as chamou.

O comerciante alemão e cientista amador Antoni van Leeuwenhoek foi, provavelmente, o primeiro a realmente observar microrganismos vivos através de lentes de aumento. Entre 1673 e 1723, ele escreveu uma série de cartas à Royal Society of London descrevendo os "animálculos" que ele via através de seu modesto miscrocópio que possuía apenas um única lente. Esses pequenos animálculos que ele observou foram identificados através de seus desenhos, posteriormente, como sendo bactérias e protozoários (TORTORA, 2000).

Abaixo se encontra um protozoário. Este pequeno ser se trata de uma ameba.

Espera! Uma ameba? Aquele bicho que fica dentro da gente?

Sim, uma ameba, mas este em especial não fica dentro da gente. Na verdade a maioria desses protoctistas do filo Rhizopoda é inofensiva, de vida livre em ambientes úmidos e de sua maioria de água doce (BRUSCA & BRUSCA, 2007). Esta ameba que lhes apresento não é como a Entamoeba coli (ameba nua) que vive em nosso trato digestório se alimentando de microrganismos do intestino (mas que em condições severas, podem aumentar até números elevados e causar desconforto temporário gastrointestinal leve) (BRUSCA & BRUSCA, 2007) e sim uma ameba testácea (tecameba). Diferentemente das amebas nuas, essa possui uma teca que a envolve é muito comum no zooplâncton.

Ameba testácea do gênero Arcella, coletada nas águas do Rio São Francisco

ZOOPLÂNCTON

Você sabia que existem vários animais microscópicos dentro da água? Na água do mar que você toma banho, na água do rio que ao entrar nela para se refrescar, você sem querer engole água. Junto com essa água foi uma "sopa" de animaizinhos direto para seu estômago. 

Mas que animais são esses que eu não consigo enxergar?

Muitos tipos de animais. Os mais comuns em água doce são os Rotíferos e microcrustáceos como Copépodas e Cladóceros. Logo abaixo tem fotos deles para você conhecê-los.

Zooplâncton... por que esse nome?

O zooplâncton é um nome que se dá aos animais microscópicos que vivem à deriva na água, ou seja, a capacidade de locomoção desse seres é tão mínima que não conseguem se mover horizontalmente na água, eles ficam à deriva!

E esses animais servem para alguma coisa? Eu nem sabia que eles existiam... 

Nenhum ser vivo está no mundo simplesmente por estar. Todos têm alguma importância. No caso, o zooplâncton se apresenta como uma importante comunidade de animais em ambientes aquáticos, sendo um elo na cadeia trófica, levando nutrientes e energia da base da cadeia alimentar para os níveis tróficos superiores, (NORDI & WATANBE, 1978; ESTEVES, 1998). Dessa forma a gente consegue ver um importante papel do zooplâncton na dinâmica de um ecossistema aquático.

Brachionus dolabratus, uma espécie de Rotífero encontrada no zooplâncton do Rio São Francisco.

Um microcrustáceo chamado Ostracoda encontrado no zooplâncton do Rio São Francisco.

Um Copepoda (microcrustáceo) da espécie Notodiaptomus cearensis encontrado no zooplâncton do Rio São Francisco.

Gostou de Conhecer um pouco sobre o Zooplâncton? Caso você seja um professor e queira trabalhar com seus alunos do Ensino Fundamental e/ou Médio com essa comunidade de animais microscópicos clique aqui e veja como com algumas propostas!

OS FUNGOS CHAMADOS: LEVEDURAS

Os fungos são organismos tão peculiares que têm seu próprio reino: Fungi. Eles podem ser macro e microscópicos, tendo como seus princiais representantes no mundo micro, as leveduras. Levedura é a forma de como certos fungos se apresentam: hifa ou levedo, normalemnte os fungos unicelulares são leveduras, apresentando-se de forma isoladas (alguns podem formar pseudohifas). Tem uma forma redonda e oval.

Com esses pequenos seres, podemos ter álcool e fermento para o pão!

 

Mas como? Um ser tão pequeno, conseguir fazer isso tudo?

 

As leveduras podem ser anaeróbicas facultativas, podendo usar o Oxigênio (O2) ou outro componente orgânico como aceptor final de elétrons. Na presença de oxigênio, elas metabolizam hidratos de carbono formando CO2 e H20, já na ausência de O2, elas produzem etanol e CO2. É por isso que com esses seres microcópcos se faz cerveja, álcool para o carro e servem como fermento para a massa do pão (TORTORA, 2000).

É por causa das leveduras que temos o etanol e o fermento para massas. Observe as cavidades feitas dentro do pão: são formadas pela ação do CO2 que as levduras liberam no processo de fermentação

Está trabalhando Fungos com seus alunos? Clique aqui e veja experimentos simples que ajudaram eles a compreender melhor esses seres vivos!

BICHOS ENTRE OS GRÃOS DE AREIA!

Já parou para pensar em até quais lugares há animais vivendo? De fato os animais ocuparam e ocupam locais do Planeta Terra que  jamais iríamos suspeitar: seja de lugares que a gente os vê como nas planícies da terra, nos rios e mares, até lugares mais inóspitos para a gente como nos polos da Terra, nas zonas abissais dos oceanos, nos picos mais altos das montanhas. 

Quando tentamos responder essa pergunta, temos uma tendência a pensar apenas nesses hábitats grandes, que conseguimos ver facilmente. Mas não se engane! Há microhábitats que estão por aí repletos de animais, como por entre os mugos, dentro dos pocinhos d'água no meio de uma bromélia e até por entre os grãos de areia!

 

Grãos de areia? Você fala desses animais que vivem se entocando por aí como o tatu e as formigas?

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Não. Estes animais realmente vivem parte do dia dentro da areia. Mas os que eu vos falo são dos animas que realmente vivem ao redor de grãos de areia, mais especificamente na lâmina d'água que recobre os grãos.

 

Então imagino que estes animais sejam bem pequenos para viver nesse espaço...

 

Com toda a certeza! São animais muito pequenos e o lugar em que eles vivem é chamado de intestício. Os biólogos chamam o conjuntos desses animais de Meiofauna.

Não é em toda areia que há animais vivendo, ela precisa estar úmida, como na beira dos rios e dos mares.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Nesta imagem você consegue visualizar vários nemátodas que vivem no interstício. Eles estão rosas pelo efeito da coloração que foi usado para melhor visualização dos animais

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foto por Alan Pedro

"É do buscar e não do achar que nasce o que eu não sabia"  Clarice Lispector

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